terça-feira, 29 de novembro de 2011

Angry Love


O início de qualquer relação é sempre fantástico... um mar de rosas! Queremos passar todos os segundos de todos os minutos de todas as horas com a nossa mais recente cara-metade. Mesmo que a nossa tendência não seja para o romantismo, acabam sempre por nos sair dos lábios as frases mais pirosas e lamechas. A outra pessoa quase não tem defeitos e os que tem, fazem-na única aos nossos olhos. Ficamos vidrados e não existe mais ninguém no mundo. Sabemos que é com ela que queremos casar, comprar casa, ter filhotes e envelhecer.

Isto vá, nos primeiros 6 meses a 1 ano. Depois começam as pequenas discussões, que ao princípio se vão abafando com beijinhos e abraços, mas que ao fim de um tempo já nada ajuda. Vão sendo cada vez maiores e por motivos cada vez mais pequenos. E a culpa nunca é nossa. Aquela pessoa tem tantos defeitos que até ofusca as suas poucas qualidades. Pomos em causa os planos que fizemos, o que sentimos e se não teremos mais nada para ver e viver. E pronto, a partir daqui há as que acabam, as que sobrevivem mais fortes do que nunca e as que se conformam com ambos os elementos a viver o resto da sua miserável relação a serem miseráveis e a tornarem o outro miserável (esta não é uma boa solução)...


Posto isto... acho que estou bem é sozinha :)


NC 




4 comentários:

  1. Claro está que estamos a generalizar muito as coisas... Eu penso que o grande problema hoje em dia nas relações é o facto de não haver tanta dedicação à pessoa com quem estamos e termos muitas outras prioridades na vida. Antes as pessoas trabalhavam de forma mais ligeira, e não se dedicavam muito ao lazer. Daí haver mais tempo para relações, serem mais duradouras e as pessoas eram mais condescendentes. Hoje em dia, todos nós temos diversas actividades que acabam por absorver todo o tempo e paciência/tolerância, como o trabalho, que exige cada vez mais de nós, o ginásio, o estar com os amigos, as compras, o cinema, os passeios, isto e aquilo.. Posto isto, não têm tempo para relações e os que se aventuram a apostar numa relação, normalmente lançam-se para as chamadas "amizades coloridas", que servem para as poucas horas vagas.
    Quanto ao teu último comentário "acho que estou bem é sozinha", na verdade não concordo. Acho que ninguém está bem sozinho porque todos precisamos de um ombro amigo, de alguém com quem se possa desabafar a qualquer hora, carinhos, miminhos, etc. Sabe sempre bem, sempre bem-vindas, independentemente do mal que nos faz quando as coisas não correm bem e terminam.
    Sandrina Fernandes

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  2. Também penso que parte muito da mentalidade. Antigamente as pessoas quando se juntavam era para sempre. O casamento era "obrigatório" e o divórcio era visto como uma vergonha. Tudo isso foi banalizado e todos os dias há pessoas que se casam e que se divorciam e a maioria já só vão viver juntas. E tudo isto a par do que disseste.

    Quanto ao teu último parágrafo.. tens alguma razão :P

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  3. O problema aqui é que se passou do 8 para o 80. Ou seja, de uma situação que também não era das melhores..como dizes muito bem, quando se juntavam era para sempre, o casamento era "obrigatório", o divórcio era visto como uma vergonha.. Mas eram felizes? Ou acomodavam-se na maior parte das vezes por causa da tal vergonha? Hoje em dia passou-se para o 80, para o exagero, do "não me quero chatear portanto tchau!" Não há nenhum esforço para manter uma relação. Como costumam dizer e que por vezes chega a roçar a irritação: "Homens e mulheres há muitos..." O viver junto, em vez da vontade de casar, tem muito a ver com isso. Com o facto de não se quererem prender e acabar a relação de uma forma mais simples, sem a chatice das partilhas...
    Mas a verdade é que eles não vivem sem nós e nós não vivemos sem eles! :P

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  4. Concordo perfeitamente com tudo o que disseste.. há muita falta de empenho nas relações :)

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