sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O mal de gostar

Nunca fui pessoa de demonstrar muito os meus sentimentos e sempre tive uma postura um pouco "fria" nas relações. Não é que não gostasse da pessoa ou não quisesse estar com ela, mas não tinha grande paciência para lamechices e coisas pirosas. Chegaram a referir-se a mim como "uma pedra de gelo". Sempre fui uma pessoa muito independente e que dá grande valor ao seu espaço. Acho que tinha outras formas de demonstrar o que sentia. De repente aparece alguém que é o meu espelho... sem tirar nem pôr. Alguém que me completa como nunca imaginei ser possível, acima de tudo a amizade mais forte que já tive. Uma cumplicidade para lá do normal. Pensei: "Isto é perfeito!"
Só não esperei que eu pudesse mudar tanto.. Agora dou por mim a ter de reprimir o que sinto, a querer dar 100% de mim, mas a ser obrigada a limitar-me aos 80%, a pensar duas e três vezes antes de um abraço, um beijo ou uma palavra mais sincera. Nunca fui uma pessoa insegura.. hoje falta-me o chão. É como se estivesse na fronteira que divide a felicidade da tristeza, a transitar entre o 8 e o 80, sem possibilidade de um meio-termo. E podia virar as costas e simplesmente esquecer. Mas sei que isto acaba por ser demasiado valioso para desperdiçar. Os momentos de felicidade são tão especiais, tão importantes... tão poucos. Podia ser tudo tão bom, tão "perfeito"... mas para isso são precisos dois. Se isto não mudar sei que vai chegar um dia em que baixo os braços, viro as costas e não olho para trás. Há um limite para o que consigo aguentar... e sofrer não é para mim. ;)



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